Sem vontade de falar
escorregadias, úmidas
elas calam a minha voz
e falam por mim.
Quero gritar
mas minha voz desapareceu,
as forças se foram
com o derradeiro adeus;
preciso me deitar
"ah, minha mente!"
Rolei entre pensamentos essa noite:
o embalo das angústias me embrulhou,
em suas entranhas me acolheu.
Por favor! cale-se!
teu silêncio me agrada... me faz pensar
quão distante estaria eu
desse farto infortúnio
caso não tivesse suspirado
por propósitos vis.
Quero um sonho
impossível de sonhar,
fácil de realizar
o contrário já me cessou
a persistência!
As mãos caem sobre as colchas velhas
cansaram-se de buscar
o improvável,
fartaram-se de se juntar
na súplica vã
pelo abraço do destino.
Nesta noite não pretendo sonhar
e ao acordar, não me recordarei
de lembranças noturnas
cheias de esperança
em propósitos que, não desejam,
nem de longe,
se tornarem
fatos.
Foto e Texto: Isabela Moraes
Beijinhos, Isa.
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