Olá,gente!
Hoje eu estava em uma lotérica e vi um cartaz lotado de cifrões($) com a seguinte frase: "Não sonhe, Jogue!" fiquei ali, olhando aquele pedaço de papel tão ousado em suas poucas palavras, confesso que fiquei impressionada com seu forte conteúdo e mesmo sabendo que não passava de um apelo para a compra dos números, eu não pude deixar de pensar profundamente naquilo e chegar na conclusão de que nenhuma Sena, Quina ou Loto que poderia me fazer parar de sonhar e vou explicar o motivo.
Milhares de pessoas depositam suas esperanças financeiras em jogos: tantos gastam o que podem e o que não devem na compra das suas "chances" e praticamente todos que o fazem estão crentes na possibilidade de que irão ganhar pelo menos uma parte da bolada e quando sai o resultado parece que a nação toda está de luto - tristeza e lamento por todo lado, muitos se indignam dizendo haver fraude, outros choram ainda mais por não ter jogado, enquanto alguns ou apenas um comemoram em plena satisfação por sua vitória...vitória essa que, se não for bem administrada, acabará tão rápido quanto as esperanças dos "perdedores".
Para quem não é contemplado com o prêmio a vida tem que continuar, mas alguns se dedicam à indignação, tristeza e arrependimento, já houve até quem cometesse suicídio por não ganhar seu "bocadinho", porém, me digam: sonhos nos causam tudo isso? bom, acredito que causem bem menos angústia do que o jogo e outras esperanças vãs.
Para vencer em um jogo é necessário muito mais do que sorte.É preciso investir financeiramente sem dó, competir com centenas de milhares pelo mesmo objetivo e muito pior: desejar incansavelmente a derrota dos mesmos.De certa forma há uma tremenda injustiça em tudo isso, uma exploração em cima da necessidade e anseio dos outros que gera uma competição cega pelo dinheiro.Bem sabemos que ele compra desejos com grande facilidade, mas que beleza há na realização fácil e injusta, proveniente de apostas?
Muitos podem não se importar com isso, mas há uma diferença significativa entre ganhar e conquistar: aprendemos desde pequenos, com nossos pais, que temos que dar valor às coisas e como nos ensinam? nos fazendo "batalhar" pelo que queremos.Com toda certeza é um dos melhores ensinamentos para a vida!
Quando crescemos começamos a ter ambições e desejos muito maiores, o que, consequentemente, requererá mais de nós.Ao lembrarmos da sensação de quando conseguíamos comprar aquele brinquedo desejado com os dinheirinho obtido por prestar favores, entramos novamente nesta batalha, sempre consoante ao tamanho de nossos objetivos e aí começam a nascer os grandes sonhos! Mal sabemos nós que estes serão nosso combustível para nos movimentarmos toda a vida.
O caminho para a realização quase nunca será simples, mas recheado de aprendizado, não será fácil, pois muitos impedimentos se levantam para se chocar contra nós e turvar nossa visão.Neste momento também aparecem "atalhos", aparentemente, facilitadores inofensivos, como números de jogos e assim as possibilidades de nos conduzirem à decepção serão maiores do que a chegada á vitória.Se investimos o que temos na medida das nossas condições, com olhar fixo em nossos sonhos e desejando a conquista em vez da derrota alheia, sem sombra de dúvidas, chegaremos ao destino triunfante, não rapidamente, mas no mais propício dos momentos e com toda a satisfação que só o esforço pode trazer.
Sonhos não matam, fazem viver. Sonhos não machucam, cicatrizam feridas frustrantes. Sonhos não nos derrubam, nos dão forças na fraqueza. Sonhos não nos geram falsas expectativas, mas firmam nossos passos em concretas esperanças...por isso SONHE,SONHE e SONHE mais do que puder, além do que consegue e sua realização será maior do que poderia imaginar.Alimente-se de sonhos, os seus sonhos, ressuscite os da infância, seja o exemplo para os jovens, pinte de arco-íris um mundo escurecido por desesperanças, contagie os desanimados com a força do que te move: seus sonhos! por mais impossíveis que pareçam,eles são seus e te levarão á verdadeira felicidade!
Portanto, se eu pudesse, mudaria aquele cartaz infeliz, trocaria os verbos e deixaria escrito:
"Não Jogue, Sonhe"
Fotos e Texto: Isabela Moraes
Beijinhos, Isa.
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