Tempo ao tempo

Olá!

Estive, por esses dias, relembrando o princípio do blog que consiste no mesmo ser uma espécie de diário para relatos pessoais...hoje em dia as coisas mudaram e muitos só se interessam pelo look que vestimos ou pelo "make" de celebridades que copiamos, mas momentos da vida são importantes para quem vive, mesmo com tanta inversão de qualidade de conteúdo na blogosfera, os que vivem situações e sentem emoções têm necessidade de compartilhar suas experiências, por mais simples que sejam e é isso que vou fazer agora...tenho que confessar que existe em mim um receio insistente em relação á perca de público por uma postagem mais pessoal, mas se perdemos alguém por abrir o coração é sinal que o tal jamais se interessou sequer por quem somos e é mais que óbvio que nunca entenderia o que se passa conosco...bom... medos à parte e vamos lá!

  Sou impaciente ao extremo, desde que me conheço por gente o ato de esperar é um suplício, talvez por ter tido que aguardar por horas na barriga da minha mãe com a bolsa estourada até algum médico caridoso ter a bondade de me ajudar a nascer ou simplesmente por que meu pai é um incorrigível intolerante para com processos paulatinos e eu herdei isso dele ou um "mal" bolado de tudo isso, só sei que sou assim.
  Sendo eu um poço de impaciência, a vida parece não poupar situações "lerdas" para confrontar meu pior lado. Vou ser mais clara: tudo que eu quero, atualmente, não depende diretamente das minhas forças e sim da minha espera...de uns tempos pra cá a minha criatividade cresceu, meus desejos e sonhos afloraram como o auge da primavera, mas sabe aquele último botão que ainda precisa se encaixar para tudo ficar perfeito, porém, suas mãos não o alcançam? então, eu fiz de tudo, corri atrás, batalhei sem preguiça, orei, bolei estratégias e atingi o limite do "humanamente possível" e agora chegou a hora de aguardar os tão sonhados resultados, mas é esse momento que , aos meus olhos, é tão tardio.
  Eu compreendo que o fruto colhido fora da hora é verde e amargoso e foi com essa convicção que eu aguardei até agora, mas esses dias têm me trazido uma agonia, um anseio exacerbado de ver as coisas acontecerem consoantes aos meus esforços e o coração acelera desesperado por mudança, "Oh! Deus, até quando?!" - ele pergunta. Muitos esperam por anos algum sinal de mudança, mas para alguém como eu é difícil disciplinar a displicente impaciência e digo sem medo de errar que, até agora, eu havia me surpreendido com tanta tolerância da minha parte, mas como tudo tem limite e principalmente a paciência, eu estou começando a protestar contra a sabedoria da vida.
  Dentre questionamentos e unhas roídas (modo de falar.não tenho esse hábito.) eu estou. Não choro por que não vai me ajudar, não emburro pois isso não vai acelerar o tempo, mas eu despejo nas palavras uma parte do que acontece dentro desse "universo" chamado Isabela: a menina que tem pressa de viver, vontade de colher o que plantou, necessidade de tatear o sonho e impaciência total pela felicidade plena e inabalável. Sei que o tempo, assim como uma complexa engrenagem, precisa de mais de si próprio para funcionar perfeitamente, o difícil é resistir ao "fundo do funil" que é o momento final da espera, onde costumamos nos descabelar de impaciência, por isso peço a Deus sabedoria com uma porção extra de ótimas distrações para resistir gloriosamente aos dias cruciais de espera sem perder a cabeça e a fé!

Obrigada por ler uma postagem incomum e pessoal como esta e ainda continuarem por aqui!


Foto e texto: Isabela Moraes

Beijinhos, Isa.